Teatro da Broadway

      Na cidade de Nova York entre tantas broadways (“avenidas largas”, em português), não podemos nos esquecer daquela que é conhecida como “a” Broadway, a Avenida Manhattan Street, que hoje abriga um dos mais famosos centros de entretenimento teatral de todo o planeta. Cravada no coração da Times Square, a Broadway congrega um grupo de trinta e nove grandes teatros profissionais. Mais do que um ponto turístico, o lugar estabeleceu um dos mais assistidos e lucrativos gêneros teatrais.

As primeiras encenações aconteceram entre os séculos XVIII e XIX, quando os espetáculos burlescos, as óperas e os dramas shakespearianos comandavam os palcos. O primeiro musical a ganhar espaço veio de fora, quando um conjunto de artistas ingleses realizou a apresentação de “The Elves”. No ano de 1866, “The Black Crook” contou com o suntuoso orçamento de 25 mil dólares, uma considerável quantia para a época.

Quando adentramos o século XX propriamente, observamos que os espetáculos musicais da Broadway dialogavam fortemente com o “american way of life”. Entre as décadas de 1940 e 1950, a superação da crise econômica revigorou a sustentação desses espetáculos.

Em 1943, “Oklahoma!” estabeleceu o recorde de duas mil apresentações de uma empolgante narrativa que expunha a história de amor entre um caubói e uma jovem criada na fazenda. “The sound of music”, de 1959, alcançou as telas de cinema do mundo inteiro, chegando ao Brasil com o imortal título de “A noviça rebelde”.

Musical Oklahoma, peça original de 1943.

Nas décadas seguintes, a Broadway começa a se transformar em uma verdadeira indústria de espetáculos buscada por espectadores do mundo inteiro. Na década de 1980, “Cats” – peça inspirada em poemas de T.S. Eliot, e o “O Fantasma da Ópera” quebraram vários recordes de bilheteria, ganharam prêmios e foram adaptadas para companhias de teatro de vários países.

Já nessa época, o “Tony Awards” se transformou na premiação mais cobiçada por todas as peças que abarrotavam aquelas agitadas avenidas.

Atualmente, os teatros da Broadway se organizam na chamada “The Broadway League”, onde os donos desses teatros gerenciam a exposição de suas peças em outros lugares do mundo. Em 2009, os palcos brasileiros vivem a expectativa de abrigar uma versão do espetáculo “Hairspray”.

       Confiram abaixo, os vídeos do musical Hairspray versão brasileira. Com direção de Miguel Falabella.

FONTE: - SOUZA, Rainer. Idade Contemporânea - Broadway.

- Broadway Musical Home (Site Oficial) http://www.broadwaymusicalhome.com/index.html

SPEAKING E BELTING - Um Atalho para a Voz

Devido ao acelerado crescimento do teatro musical, foi necessário criar uma técnica vocal, cujo objetivo era realizar um esforço menor ao se cantar uma canção; isso ocorreu pelo fato inevitável de que em um musical o ator não precisa apenas cantar, mas também há uma exigência na área da dança e das artes cênicas. As técnicas de Speaking e Belting facilitam o trabalho do profissional desta área, sem a perda de uma qualidade vocal.
A técnica speaking voice (“voz falada”, em português) consiste em entender-se o processo e a mecânica da fala e aprender a reproduzi-los durante o canto, partindo-se do fato de que ambas as vozes, a falada e a cantada, são a mesma coisa. Se você fala você canta. O treinamento gera um aumento significativo da extensão vocal e sem causar danos à saúde vocal do ator. A técnica é adequada para todos e produz efeitos rápidos e empolgantes para o estudante que se dedica. A técnica e perfeita tanto para a musica popular (MPB, Rock, House, blues, R&B, Lounge e etc..) quanto para musicais, pois da ao ator/cantor o equilíbrio perfeito entre a voz falada e a cantada.
O belting é um padrão musical caracterizado pela qualidade da sua projeção, clara e de alta energia, consagrado no teatro musical. É uma técnica descrita como uma extensão do registro de peito, a agudização é atingida às custas de ajustes do trato vocal e da laringe sem utilizar a mudança de registro. Todos os ressonadores são usados para o canto, mas para o belting há predomínio da cavidade nasal. Quando bem feito o resultado é um som claro e forte.

Confiram agora dois vídeos que irão esclarecer um pouco mais sobre a técnica do Belting. OBS: os vídeos estão com o Audio inglês, caso queira acrescentar legenda, vá na barra inferior do vídeo, e clique na opção “cc”, escolha a opção traduzir legendas, em seguida clique na barra e marque a opção Português—Portugês, dê “ok” e pronto.

Confiram mais um vídeo sobre belting!

Na prática, um exemplo bastante recente de atores usando as técnicas de Speaking e Belting é na série norte-americana Glee. Confiram agora dois vídeos demonstrando as técnicas citadas.

FONTES: - COSTA, Luiz Henrique Chechinato e DUPRAT, André de Campos. ART.: Belting uma Visão Otorrinolaringológica. 2008.

- GISMONTI, André. Speaking Voice. 2006.